domingo, 9 de novembro de 2008

Vestibular UFRJ: Todo mundo quer fazer Engenharia, Medicina, Direito e... História(?)!

Neste momento estão sendo realizadas as provas da UFRJ. São 51.553 candidatos inscritos para concorrer a 7.682 vagas.
A grande novidade deste ano são os cursos novos e o aumento de vagas, de acordo com o plano de expansão do Ensino Superior, comandado pelo Ministro da Educação, Fernando Haddad.
Com a expansão para o interior do estado, em Macaé foram criados os os cursos de enfermagem e obstetrícia, medicina e o de nutrição, sendo a medicina de Macaé o mais concorrido de todo o vestibular da UFRJ, com a média de 34,97 candidatos para cada uma das 30 vagas oferecidas. Na capital foram também criados os cursos de terapia ocupacional e saúde coletiva, ainda na área da saúde. Nas exatas houve a criação do curso de bacharelado em ciências da matemática e da terra; e na área de humanas foram criados os cursos de comunicação visual design, história da arte, licenciatura em filosofia, licenciatura em ciências sociais e relações internacionais
Houve também o aumento de vagas em alguns cursos já existentes, como o de engenharia (com mais 80 vagas) e os de ciências biológicas (mais 60 vagas para biofísica em Xerém e mais 42 para a modalidade médica). Entre as licenciaturas, priorizou-se a biologia, com mais 32 vagas no Rio e mais 10 em Macaé.
Por mais que o curso de medicina de Macaé tenha sido o mais concorrido, não foi o mais procurado. A relação dos cursos mais procurados, de acordo com o total bruto de candidatos, considerando os de primeira, segunda e terceira opção pelo curso, temos:
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Como é possível observar, o curso de história foi o 5º mais procurado, ficando atrás apenas das carreiras mais tradicionais (engenharia, medicina e direito) e do curso de relações internacionais. É claro que, a maioria dos candidatos se inscreveu em história como segunda ou terceira opção., mas de qualquer forma, representa um indicador interessante. Se formos analisar pela primeira opção de curso dos candidatos, teremos o seguinte:

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Podemos ver que mesmo assim, o curso de história da UFRJ continua bastante procurado, em 11º lugar, na frente de cursos e carreiras mais promissoras, como ciências da computação, arquitetura e química industrial.
O que posso concluir de tudo isso? Que embora pareça haver uma questão ideológica e cultural nas escolhas, o que estes dados mostram são justamente o oposto. Os jovens estão fazendo suas escolhas de forma cada vez mais racional: o que importa é o número de vagas e não apenas a "vocação". Os cursos que aparecem entre os primeiros em procura são aqueles que possuem a menor relação candidato/vaga. Ou seja, o que faz 1.062 jovens terem como primeira opção o curso de história talvez seja muito por conta de suas 180 vagas, assim como a engenharia, com suas 870 vagas, ou o direito, com suas 510. A exceção é a medicina, que tanto como opção dos alunos como relação candidato vaga, ocupam os primeiros lugares da lista, reforçando a tradição cultural.
Dessa forma, temos os cursos "mais fáceis" de passar sendo os mais procurados, em seguida os "mais difíceis", e por último, os considerados "menos interessantes", como os bacharelados em música (muitas opções sem nenhum candidato inscrito, como cravo, contrabaixo, fagote, harpa - que deixarão 31 vagas ociosas, mais do que a medicina de Macaé), faculdade de escultura, faculdade de gravura, letras / português - hebraico (existem várias outras línguas), e várias licenciaturas.
Em Campos, as provas foram realizadas no ISEPAM, onde quase a totalidade dos candidatos nunca colocou os pés.
De qualquer jeito, boa sorte aos candidatos. Boa sorte na vida.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Equipe de transição

Foi anunciada hoje a equipe da prefeita eleita de Campos, Rosinha Garotinho, que irá analisar pontos estratégicos da atual administração, principalmente a situação das contas públicas, a situação jurídica e a articulação junto a câmara de vereadores.
A educação ficará a cargo da professora Maria Auxiliadora Freitas.

sábado, 1 de novembro de 2008

Projeto de férias, será que rola?

Pretendo organizar um material com fotos de Campos e montar um vídeo tipo "ontem e hoje", fazendo novas fotos dos mesmos lugares que fotógrafos do início do século passado registraram, buscando, inclusive o mesmo enquadramento, o que é praticamente impossível, dadas as transformações urbanas e os assassinatos do patrimônio histórico que a cidade sofreu.
Será que rola?