A propaganda eleitoral de hoje foi, no mínimo, curiosa.
Professores que exerceram cargos de confiança (secretaria de educação, direção de escola) durante a administração estadual de Rosinha, que reprimiram greves e todas as tentativas de mobilização do movimento de educadores da rede estadual no município, deram hoje seus depoimentos sobre o que seria a melhor opção para a educação em Campos.
Este governo estadual foi um dos que mais desestruturou a organização sindical dos profissionais de educação nos últimos anos, reprimindo violentamente manifestações pacíficas, prendendo lideranças sindicais e suspendendo licenças. A luta dos educadores pela recomposição salarial, pela convocação de professores concursados, pelas eleições diretas para diretores de escolas e pelo retorno da grade de 30 tempos semanais, foi desmontada por uma rede de diretores de escola e coordenadores a serviço do governo e contra os professores. Portanto, estas declarações de apoio não representam a classe de educadores, mas sim os interesses pessoais daqueles que ocupam tais cargos.
Também prestaram depoimento professores da rede privada, do ensino superior, que não trazem em suas biografias relações com o movimento que luta por uma educação pública e gratuita, de qualidade. Provavelmente foram convidados a dar seus depoimentos por exercerem junto aos jovens de classe média alguma influência, devido ao seu carisma e a inegável competência profissional.
No entanto, o que está em questão é a nossa combalida rede municipal de educação, cuja responsabilidade e prioridade são a educação infantil, primeiro e segundo ciclos do ensino fundamental, e não essa história que os candidatos anunciam aí, de ensino técnico profissionalizante, que são atribuições das esferas estadual e federal, e desempenhadas aqui no município pelo IFET, FAETEC, SENAI, SENAC, etc....
Nossa escola municipal está abandonada, os professores não têm as mínimas condições de trabalho, são coagidos com a possibilidade da transferência para longe de seus domicílios, enquanto muitos profissionais assumem cargos de confiança e nunca freqüentaram a sala de aula. Os prédios possuem instalações precárias, faltam recursos pedagógicos como biblioteca, laboratórios de ciências e de informática, xerox para produção de material, etc.
A educação estadual até possui estrutura física superior a do município, no entanto, o professor, além do assédio político, sofre com a truculência do governo e com o baixo salário, que é menos da metade do magistério municipal. Um acinte.
Portanto, seja qual for o resultado das eleições, não será positivo para o campo da educação, como vislumbram os professores "sociólogos(?)" que não formam (e talvez até se neguem a formar) a classe dos profissionais da educação em questão, e aqueles detentores dos cargos de confiança que apoiaram a destruição da luta da classe de educadores por uma educação pública de qualidade.
Professores que apóiam Rosinha? Há que se desconfiar.
Professores que exerceram cargos de confiança (secretaria de educação, direção de escola) durante a administração estadual de Rosinha, que reprimiram greves e todas as tentativas de mobilização do movimento de educadores da rede estadual no município, deram hoje seus depoimentos sobre o que seria a melhor opção para a educação em Campos.
Este governo estadual foi um dos que mais desestruturou a organização sindical dos profissionais de educação nos últimos anos, reprimindo violentamente manifestações pacíficas, prendendo lideranças sindicais e suspendendo licenças. A luta dos educadores pela recomposição salarial, pela convocação de professores concursados, pelas eleições diretas para diretores de escolas e pelo retorno da grade de 30 tempos semanais, foi desmontada por uma rede de diretores de escola e coordenadores a serviço do governo e contra os professores. Portanto, estas declarações de apoio não representam a classe de educadores, mas sim os interesses pessoais daqueles que ocupam tais cargos.
Também prestaram depoimento professores da rede privada, do ensino superior, que não trazem em suas biografias relações com o movimento que luta por uma educação pública e gratuita, de qualidade. Provavelmente foram convidados a dar seus depoimentos por exercerem junto aos jovens de classe média alguma influência, devido ao seu carisma e a inegável competência profissional.
No entanto, o que está em questão é a nossa combalida rede municipal de educação, cuja responsabilidade e prioridade são a educação infantil, primeiro e segundo ciclos do ensino fundamental, e não essa história que os candidatos anunciam aí, de ensino técnico profissionalizante, que são atribuições das esferas estadual e federal, e desempenhadas aqui no município pelo IFET, FAETEC, SENAI, SENAC, etc....
Nossa escola municipal está abandonada, os professores não têm as mínimas condições de trabalho, são coagidos com a possibilidade da transferência para longe de seus domicílios, enquanto muitos profissionais assumem cargos de confiança e nunca freqüentaram a sala de aula. Os prédios possuem instalações precárias, faltam recursos pedagógicos como biblioteca, laboratórios de ciências e de informática, xerox para produção de material, etc.
A educação estadual até possui estrutura física superior a do município, no entanto, o professor, além do assédio político, sofre com a truculência do governo e com o baixo salário, que é menos da metade do magistério municipal. Um acinte.
Portanto, seja qual for o resultado das eleições, não será positivo para o campo da educação, como vislumbram os professores "sociólogos(?)" que não formam (e talvez até se neguem a formar) a classe dos profissionais da educação em questão, e aqueles detentores dos cargos de confiança que apoiaram a destruição da luta da classe de educadores por uma educação pública de qualidade.
Professores que apóiam Rosinha? Há que se desconfiar.