sexta-feira, 7 de março de 2008

Os gatos no Egito antigo

Hoje, antes de entrar na sala de aula, fui advertido pelo professor que a situação estava difícil. Era uma turma de 1º ano do ensino médio, garotada com 14, 15 anos de idade. Descobri que a confusão era porque duas meninas tinham levado pra sala dois gatinhos que haviam salvo das torturas de um grupo de crianças menores. Uma das meninas disse ainda que um funcionário da escola estava jogando os pobres órfãos para fora da escola, com violência, quase matando os indefesos gatinhos. Fiquei comovido e assustado, ao mesmo tempo. Comovido pela atitude das meninas de adotarem os gatinhos, e assustado com o incômodo que a presença deles gerou na turma (embora os gatinhos não tenham sido o real motivo), e também com a atitude anti-educativa do funcionário da escola que, em nome de manter a ordem e a disciplina, comete um ato desses.
Mandei buscar leite na cantina, alimentamos os bichinhos que estavam famintos, deixei a bolsa onde eles estavam perto de mim, os dois dormiram satisfeitos e confortáveis, e a aula sobre o Egito (e também sobre a importância dos gatos naquela civilização) acabou acontecendo sem problemas.

Fiquei pensando: O que se ensina afinal de contas?

Nenhum comentário: